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Venezuela: Ex-candidato presidencial Enrique Márquez é preso sob acusação de planejar golpe de Estado

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 9 de jan.
  • 2 min de leitura

O governo da Venezuela anunciou a prisão do ex-candidato presidencial da oposição, Enrique Márquez, acusado de planejar um golpe de Estado para a posse presidencial. A detenção gerou críticas de ONGs e do presidente colombiano, Gustavo Petro.




O governo da Venezuela confirmou, na noite de quarta-feira (8), a prisão do ex-candidato presidencial da oposição, Enrique Márquez, sob a alegação de que ele teria planejado um “golpe de Estado” para o dia 10 de janeiro, data da posse presidencial. A confirmação da detenção ocorreu um dia após ONGs e partidos políticos denunciarem o caso.


Detalhes da Prisão


O ministro do Interior e da Justiça, Diosdado Cabello, afirmou que Márquez, de acordo com um documento de 21 páginas supostamente encontrado em seu computador, havia proposto a realização de uma cerimônia de posse do líder da maior coalizão da oposição, Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória nas eleições de julho, em uma embaixada venezuelana no exterior.


Acusações e Repercussões


Cabello destacou que, como Márquez não poderia ou não queria retornar ao país, cinco indivíduos se reuniriam na sede de uma embaixada estrangeira. Ele apontou que as sedes diplomáticas da Venezuela nos Estados Unidos e no Peru, com os quais Caracas não mantém relações, foram assumidas por governos adversários.


A proposta apresentada por Cabello durante seu programa semanal na emissora estatal VTV sugere a posse de González Urrutia como presidente da Venezuela para o período de 2025 a 2031. Essa cerimônia ocorreria em uma sede diplomática da República da Venezuela, considerada uma extensão irrevogável da soberania do país no exterior.


Acusações de Golpe de Estado


Cabello acusou Enrique Márquez de estar à frente de um suposto golpe de Estado na Venezuela. Ele afirmou que não existem "anjos" na oposição e dirigiu críticas ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que defendeu Márquez, chamando-o de "amigo" e pedindo a liberdade de pessoas detidas por motivos políticos.


Resposta a Gustavo Petro


A declaração de Cabello foi uma resposta direta à mensagem publicada por Petro no X, na qual ele condenou a prisão de Márquez. O ministro enfatizou a criminalidade de Márquez, desafiando Petro a reconsiderar seu apoio ao opositor.


Na última terça-feira (7), na Venezuela, foi preso o ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ex-deputado, Márquez, juntamente com outros seis estrangeiros. O regime de Nicolás Maduro os classificou como “mercenários”, incluindo um soldado americano, dois colombianos e três ucranianos.


Denúncia da Esposa


A esposa de Márquez, Sonia Lugo, denunciou que seu marido foi detido por “grupos paramilitares” que utilizam “a força como lei”. Ela afirmou que esses grupos buscam “silenciar e intimidar” aqueles que desejam um “país melhor” e possuem “uma visão de mundo diferente”.


Demandas de Márquez


Márquez era um crítico ativo do regime e exigia a publicação das atas de votação de julho. Ele também se opôs à decisão do Tribunal Supremo de Justiça que validou a polêmica reeleição de Maduro, a qual foi proclamada pelo órgão eleitoral sem a divulgação dos resultados detalhados que comprovassem qualquer vitória.

 
 
 

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