“Quero dizer agora o oposto”: Motta volta atrás e plenário votará caso Zambelli
- Alexandre Ferreira
- 11 de jun.
- 1 min de leitura

O presidente da Câmara, Hugo Motta, mudou de ideia sobre o caso da deputada Carla Zambelli. Ele havia dito que a perda de mandato, já decidida pelo STF, não precisaria passar por votação no plenário. Agora, voltou atrás e afirmou que a decisão será sim levada ao voto de todos os deputados. A reviravolta chamou atenção não só pelo peso do caso, mas também pela contradição pública de Motta — numa virada que lembra o famoso verso de Raul Seixas: "quero dizer agora o oposto do que eu disse antes".
De “não vai ter votação” para “o plenário decide”
Na primeira fala, Hugo Motta defendeu que, como o Supremo Tribunal Federal já havia condenado Zambelli, a Câmara só precisava formalizar a perda de mandato. A declaração gerou forte repercussão. Juristas, parlamentares e a própria oposição alegaram que essa decisão precisaria passar pelo crivo do plenário, como manda a Constituição em casos de deputados condenados.
Diante da pressão, Motta mudou o discurso. Alegou que houve confusão e afirmou que se precipitou. Agora diz que o plenário vai votar sim. Ele também prometeu garantir direito à ampla defesa de Zambelli e seguir o rito com transparência.
Pressão e bastidores
Fontes em Brasília apontam que a mudança de posição veio após conversas com lideranças partidárias, que temiam o desgaste de não dar ao plenário a palavra final.
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