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PAI BONDOSO? Bolsonaro revela repasse de R$ 2 milhões a Eduardo, alvo de inquérito nos EUA, e defende sua conduta

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 6 de jun.
  • 3 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou hoje ter transferido R$ 2 milhões para seu filho, Eduardo, que enfrenta um inquérito nos EUA. A investigação, impulsionada pela PGR, envolve suspeitas de coação e obstrução.




O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (5) que transferiu R$ 2 milhões para ajudar a cobrir as despesas de seu filho, Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos e é alvo de um inquérito por suspeita de incitar o governo norte-americano a tomar medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e outras autoridades brasileiras.


Chegada à Polícia Federal


Bolsonaro chegou à sede da Polícia Federal em Brasília pouco depois das 14h30. O depoimento referente ao inquérito que investiga seu filho estava agendado para as 15h.



Declarações à Imprensa


Na saída, ao ser questionado por jornalistas, o ex-presidente revelou que o repasse foi feito a pedido de Eduardo e que os recursos vieram dos R$ 17,2 milhões que recebeu via Pix em sua conta pessoal nos primeiros seis meses de 2023.


“Vocês sabem que, lá atrás, eu não fiz campanha, mas foram depositados na minha conta R$ 17 milhões. Eu botei R$ 2 milhões na conta dele [Eduardo]. Lá fora, tudo é mais caro. Eu tenho dois netos, repito, um de 4 e o outro de 1 ano de idade.”


Bolsonaro expressou sua preocupação com o bem-estar de seu filho, afirmando: "Está lá fora, eu não quero que ele passe dificuldades. É muito? É bastante dinheiro. Lá nos Estados Unidos pode ser nem tanto, dá uns 350 mil dólares, mas eu quero o bem-estar dele."


Crimes de Coação


A investigação foi iniciada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que identificou a atuação de Eduardo Bolsonaro como potencialmente criminosa, incluindo crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado de Direito.


Depoimento e Relatoria


O depoimento de Bolsonaro foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que foi designado como relator do caso. Moraes já atua no comando das ações relacionadas à trama golpista e no inquérito das fake news. Ele busca esclarecimentos sobre como Bolsonaro poderia ser “diretamente beneficiado” pelas ações de seu filho.


Negação de Lobby


Em entrevista a jornalistas, o ex-presidente Bolsonaro negou qualquer tipo de lobby ou ação de Eduardo para que o governo dos Estados Unidos impusesse sanções contra autoridades brasileiras.


“Eu converso com o meu filho de vez em quando. O trabalho que ele faz lá é por democracia no Brasil. Não existe sancionamento de qualquer autoridade, aqui ou no mundo, por parte do governo americano por lobby. É tudo por fatos, então não adianta ninguém querer jogar para cima dele”, disse.


Perseguição


Bolsonaro afirmou, ainda, ser perseguido. “Para mim a perseguição continua”, afirmou. O ex-presidente disse que não vê irregularidade na conduta do filho. “É uma perseguição, no meu entender. Se meu filho estivesse cometendo qualquer ato irregular lá, parte do parlamento americano [com quem] ele mantém contato, estaria cometendo um crime também”, acentuou.


Depoimento


Questionado sobre o depoimento que deve prestar diretamente a Alexandre de Moraes, marcado para a próxima semana, Bolsonaro afirmou que está feliz com o encontro. “Eu acho que é excelente a ideia de, ao vivo, nós falarmos sobre golpe de Estado. Excelente. Estou muito feliz [porque] teremos a oportunidade de esclarecer o que acontece”, concluiu.


Bolsonaro afirmou que não tem relação com a deputada federal Carla Zambelli e que não enviou dinheiro para ela, que foi incluída na lista da Interpol após fugir do Brasil. Ele ressaltou que tomou conhecimento do inquérito por meio da imprensa, mas que o assunto não foi discutido.


Relação com Carla Zambelli


Bolsonaro destacou que não tem qualquer ligação com a deputada Carla Zambelli. Ele deixou claro que não fez transferências financeiras para ela, afirmando: “Não botei dinheiro no Pix dela, tá certo?”


Conhecimento do Caso


O ex-presidente mencionou que acompanha a situação de Zambelli apenas pela imprensa. Ele reafirmou que o assunto não foi tratado diretamente entre eles e que não possui envolvimento no caso.


 
 
 

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