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Maranhão: Gás Natural como Chave para Transição Energética e Competitividade na Indústria

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 27 de jun.
  • 4 min de leitura

O Maranhão se posiciona como um protagonista na transição energética do Brasil, defendendo o gás natural como solução viável para descarbonizar sua matriz, garantir competitividade e atrair investimentos em setores estratégicos, como data centers.


A transição realista para uma matriz mais limpa e diferencial de competitividade para o Maranhão
A transição realista para uma matriz mais limpa e diferencial de competitividade para o Maranhão

O Brasil está em um momento estratégico em sua transição energética. Embora fontes renováveis, como solar e eólica, se apresentem como protagonistas do futuro, a realidade atual enfrenta barreiras significativas para a substituição imediata de combustíveis fósseis nas indústrias.


O Papel do Gás Natural


Nesse contexto, o gás natural se destaca como o combustível da transição, desempenhando um papel essencial na descarbonização da matriz energética nacional, sem comprometer a competitividade.


Desafios da Substituição de Fontes Fósseis


A substituição imediata de fontes fósseis por energias renováveis enfrenta gargalos estruturais. A maior parte do parque industrial brasileiro não está preparada para operar exclusivamente com energia solar ou eólica. Essa conversão requer investimentos significativos, redesenho de processos produtivos e depende da estabilidade no fornecimento de energia — uma condição ainda não garantida nas fontes renováveis intermitentes, conforme explicam especialistas em energia.

Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)


Gás: solução viável e imediata


Com maior estabilidade, menor custo de adaptação e emissão de até 70% menos CO₂ do que o carvão e 20% menos que o óleo combustível, o gás natural se destaca como uma solução intermediária para reduzir emissões e garantir segurança energética.


Dados do Ministério de Minas e Energia indicam que o gás representa atualmente cerca de 12,1% da matriz energética brasileira (2023). A ampliação do uso do gás é considerada estratégica para viabilizar a chamada “transição para a transição”, expressão utilizada por executivos da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A entidade defende que o Brasil deve aumentar o uso do gás como uma etapa essencial até que as fontes renováveis estejam totalmente integradas ao sistema.


Infraestrutura e data centers


Um dos principais argumentos a favor do gás natural é sua capacidade de atender a demandas de alta intensidade energética, como


A crescente digitalização da economia e o avanço da inteligência artificial têm impulsionado o investimento em data centers, que já representa cerca de 1,5% do consumo global de eletricidade. Segundo relatório da International Energy Agency (IEA), esse número pode chegar a 8% até 2030.


Potencial do Brasil como Hub de Data Centers


Especialistas acreditam que o Brasil tem o potencial para se tornar um hub de data centers na América Latina. No entanto, é fundamental garantir um fornecimento estável de energia, com custos competitivos e uma baixa pegada de carbono. De acordo com eles, o gás natural é atualmente o único combustível capaz de atender a essas três exigências.


Políticas de Atração de Investimentos


A Abegás informa que diversos estados já estão implementando políticas para atrair investimentos em data centers, baseadas na garantia de suprimento de gás canalizado. Essa iniciativa não apenas representa uma oportunidade de geração de empregos e renda, mas também contribui para a modernização da infraestrutura energética, conforme defende a associação.


Apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento


O uso do gás como matriz energética tem sido amplamente defendido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento, que reconhece a importância dessa fonte para o futuro energético do país.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) está apoiando projetos estruturantes em andamento no Maranhão, como a Zona de Processamento de Exportação do Maranhão (ZPE), que visa atrair iniciativas como Data Centers e refinarias, entre outras.


Participação na Feira International Bahia Oil & Gas Energy 2025


Recentemente, a SEDEPE esteve presente na 3ª Edição da Feira International Bahia Oil & Gas Energy 2025 (BOGE), representada pelo Secretário Adjunto José Domingues Neto. Durante o evento, Domingues participou do painel “Governança e Competitividade”, onde apresentou as iniciativas do time de Governança de Óleo e Gás do Maranhão, que está em operação desde 2023.


Importância de Novos Empreendimentos


Em sua palestra, Domingues enfatizou a necessidade urgente de novos empreendimentos no Estado para ampliar e garantir a oferta de gás como combustível de transição. Ele destacou que “existem projetos em implantação para ampliar a oferta de gás natural no Estado, e que precisam ser viabilizados o quanto antes; para garantir competitividade e viabilidade energética para grandes empreendimentos futuros. O Maranhão não pode ficar para trás nesse processo.”

Secretário Adjunto da SEDEPE


Movimento estratégico do setor


A movimentação da Abegás e de diversos players do setor busca ampliar o acesso ao gás, tanto por meio da infraestrutura de dutos quanto pelo gás natural liquefeito (GNL), com o apoio de terminais de regaseificação.


Paralelamente, tramita no Congresso o projeto de lei do novo marco legal do gás, que tem como objetivo aumentar a concorrência no setor e atrair capital privado. A expectativa é que a regulamentação estimule o surgimento de novos fornecedores e a redução do custo do insumo.


Gás como etapa, não como fim


Embora o gás natural não seja a solução definitiva para uma economia neutra em carbono, especialistas concordam que ele representa o passo mais lógico e imediato para a redução de emissões, sem provocar rupturas. O gás deve ser encarado como um aliado da transição energética, e não como um adversário da sustentabilidade ou uma matriz definitiva.


O futuro da energia no Brasil é renovável, mas a ponte que leva até lá será pavimentada com gás natural.


Com investimentos consistentes, um marco regulatório estável e políticas públicas claras, o país poderá utilizar essa fonte como base para um crescimento sustentável, competitivo e alinhado às metas climáticas globais.


Importância da Ampliação da Oferta de Gás Natural


O Secretário Adjunto da SEDEPE, José Domingues Neto, reafirmou a relevância da ampliação da oferta de gás natural no Estado como uma matriz energética de transição.


Evento Bahia Oil & Gas Energia 2025


O evento Bahia Oil & Gas Energia (BOGE) 2025 reuniu estudiosos e representantes dos setores de óleo e gás, destacando o papel do gás natural como "combustível de transição".


 
 
 

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