Lula compara Brasil pós-Bolsonaro à guerra em Gaza: “Foi tudo desmantelado”
- Alexandre Ferreira
- 19 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jun.
Em entrevista ao podcast Mano a Mano, o presidente Lula disse que encontrou o Brasil "semidestruído" após o governo Bolsonaro, comparando a situação à Faixa de Gaza. Criticou o desmonte de ministérios e defendeu a reconstrução da democracia e reformas na ONU.

Durante participação no podcast Mano a Mano, gravado no domingo (15) e divulgado nesta quinta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o estado do Brasil ao assumir o governo em 2023. Segundo ele, a situação era crítica e comparável, de forma simbólica, à destruição causada pelo conflito na Faixa de Gaza.
“De vez em quando olho pra destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos. Aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura.”
"Foi tudo desmantelado", disse Lula
O presidente afirmou que algumas estruturas do governo tinham sido desmontadas ou enfraquecidas, e que a reconstrução de políticas públicas nas áreas sociais ainda tá em andamento.
“Foi tudo desmantelado de forma proposital, como parte de uma política de negação da diversidade e dos direitos.”
Lula também comentou que a democracia foi posta em xeque no período anterior, e que hoje há um esforço pra retomar o funcionamento institucional normal.
“Ele negava a democracia. A gente tá tentando reconstruir a democracia neste país.”
Críticas à situação internacional
Durante a conversa, Lula voltou a criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza, chamando a situação de “genocídio”. Também defendeu mudanças na estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), que considera defasada:
“A ONU não pode ser a mesma de 1945.”
Repercussão dividida
A comparação com Gaza chamou atenção e gerou reações nas redes sociais. Enquanto aliados de Lula reforçaram a crítica à gestão passada, opositores consideraram o paralelo exagerado. A fala reacende o debate sobre os impactos da gestão Bolsonaro e os rumos do atual governo.
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