Justiça Federal quer que Dino assuma a relatoria da operação envolvendo o "Rei do Lixo"
- Alexandre Ferreira
- 20 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jan.
A Justiça Federal da Bahia solicitou ao STF que o ministro Flávio Dino assuma a relatoria da Operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de R$ 1,4 bilhão em emendas parlamentares e fraudes em licitações.

A Justiça Federal na Bahia solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Flávio Dino assuma a relatoria da Operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF) e aguarda decisão do ministro Kassio Nunes Marques.
Motivos para a Redistribuição
A PF justificou a solicitação de redistribuição devido à conexão com investigações anteriores de Dino sobre o uso inadequado de emendas parlamentares. Dino já suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas e mencionou a apreensão de dinheiro em um avião durante a operação.
Escopo da Operação Overclean
A Operação Overclean investiga fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, com movimentações suspeitas ultrapassando R$ 1,4 bilhão. A operação foca em contratos ligados a empresas dos irmãos Fabio e Alex Parente e a José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo".
Revelações de Documentos Apreendidos
Documentos encontrados em um avião, que transportava R$ 1,5 milhão, relacionam repasses a contratos em municípios e estados, incluindo São Paulo, Maranhão, Pará e Piauí. A PF identificou que o esquema de fraudes, liderado por Marcos Moura, atingiu pelo menos 12 estados e movimentou mais de R$ 824,5 milhões, com o Maranhão contabilizando R$ 39,3 milhões.
Conexões e Operações Ilícitas
A PF investigou conversas entre Carlos André, um dos envolvidos, e Alex Parente, onde discutem depósitos em contas de terceiros e "encomendas" de dinheiro. A empresa BRA Teles é considerada de fachada, utilizada para pagamentos de propina a servidores públicos.

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