Júri condena 'Carioca' a quase 22 anos por assassinato de agente de trânsito em São Luís durante abordagem
- Alexandre Ferreira
- 13 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Edgar Costa Nogueira, conhecido como Carioca, foi condenado a quase 22 anos de prisão pelo assassinato do agente de trânsito Wiryland de Oliveira, ocorrido durante uma operação de fiscalização em junho de 2023.

O 1º Tribunal do Júri de São Luís condenou Edgar Costa Nogueira, conhecido como Carioca, a 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão pelo assassinato do agente municipal de trânsito, Wiryland de Oliveira. O crime ocorreu na manhã do dia 24 de junho de 2023, na Avenida São Marçal, bairro João Paulo, enquanto a vítima exercia suas funções. Após o julgamento, realizado nesta terça-feira (12) no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), o réu foi encaminhado de volta à Penitenciária de Pedrinhas, onde já estava preso, para cumprir a pena em regime fechado.
Detalhes do Julgamento
O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima, presidiu o julgamento e enfatizou a gravidade da situação. Ele destacou que a morte violenta de um servidor público em exercício de suas funções merece um grau maior de reprovação social. O magistrado ressaltou a frieza e a violência exacerbada do acusado, que se sentiu insatisfeito com a decisão da vítima e seus colegas de trabalho de rebocar seu veículo.
Consequências Legais
Com a condenação, Edgar Costa Nogueira deverá cumprir sua pena em regime fechado, refletindo a seriedade do crime cometido e a necessidade de responsabilização em casos de violência contra servidores públicos.
No júri popular realizado na terça-feira (12), foram ouvidas quatro testemunhas, incluindo agentes de trânsito. A acusação foi liderada pelo promotor de Justiça Raimundo Benedito Barros Pinto, enquanto a defesa contou com a participação dos advogados Renato Mendes, Adriano Wagner Araújo Cunha, Wellington Cunha, Miguel Victor Lobato, Iracilda Ferreira Pereira e Cíntia Albuquerque. Familiares e colegas de trabalho da vítima, incluindo sua mãe, estiveram presentes durante o julgamento, que teve início às 8h30 e se estendeu até o final da tarde.
Condenação
Os jurados condenaram Edgar Costa Nogueira por homicídio duplamente qualificado, considerando motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante o interrogatório, o réu confessou o crime pela primeira vez, afirmando que havia cometido o ato.
Testemunhos
As testemunhas apresentadas no tribunal, incluindo agentes de trânsito, contribuíram para esclarecer os eventos que levaram ao crime. A falta de habilitação e o não porte do documento veicular foram citados como fatores que culminaram na tragédia.
Desfecho do Julgamento
O julgamento se desenrolou com intensa participação dos presentes, refletindo a gravidade do caso. A condenação de Edgar Costa Nogueira foi um desfecho significativo para todos os envolvidos, especialmente para os familiares da vítima.
Detalhes do Crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, Edgar disparou um tiro de revólver contra Wiryland, resultando em sua morte. No dia do crime, equipes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) estavam realizando inspeções na Avenida São Marçal para fiscalizar veículos estacionados em locais proibidos.
Ação da SMTT
Durante a fiscalização, os agentes avistaram dois carros estacionados irregularmente e acionaram guinchos para removê-los. O primeiro guincho retirou um veículo Siena, enquanto o segundo estava em processo de remoção do carro do acusado, um Mercedes Benz C180, branco, no momento em que o crime ocorreu.
Edgar Costa Nogueira chegou ao local onde seu carro estava sendo guinchado, bastante alterado. Ele afirmou que levaria seu veículo e começou a desamarrá-lo por conta própria.
Intervenção dos Agentes de Trânsito
De acordo com a denúncia, os agentes de trânsito, incluindo a vítima, tentaram conter Edgar. Inicialmente, ele pareceu se acalmar e se afastou do veículo.
O Disparo Fatal
Enquanto Wiryland de Oliveira estava de costas fazendo anotações, Edgar se aproximou rapidamente e disparou um tiro na cabeça do agente. A vítima não teve tempo de reagir e caiu, falecendo no local.
Comments