Imperatriz Retoma Abastecimento de Água Após Análise da ANA

Após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, a captação de água do Rio Tocantins em Imperatriz foi retomada, com garantias de segurança após análise da ANA, beneficiando 70% da população local.

A captação de água do Rio Tocantins para abastecimento em Imperatriz foi retomada nesta terça-feira (24), após a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitir um parecer técnico que confirma a ausência de risco de contaminação. A decisão ocorreu após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no domingo (22), quando caminhões transportando pesticidas e ácido sulfúrico caíram no rio.

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O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSD), anunciou a retomada da captação em suas redes sociais, ressaltando a importância das análises realizadas pelas autoridades ambientais estaduais e federais.

Medidas de Segurança

Brandão informou que, apesar da retomada do abastecimento, outras análises continuarão a ser feitas para garantir a segurança integral da água captada para a população de Imperatriz.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) confirmou a retomada dos sistemas de captação, produção e tratamento de água. O abastecimento será normalizado gradualmente, à medida que a pressurização das redes seja recuperada.

Impacto na População

A suspensão da captação de água no Rio Tocantins, devido ao desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, afetou cerca de 70% da população de Imperatriz. Essa parcela da cidade é abastecida pela Estação de Tratamento de Água de Imperatriz, enquanto os outros 30% recebem água de 49 poços artesianos operados pela Caema.

Parecer da ANA

De acordo com o parecer da Agência Nacional de Águas (ANA), simulações de diluição dos pesticidas acidentais indicaram que os princípios ativos, como Picloram e 2,4D, se diluem rapidamente, atingindo concentrações inferiores ao limite permitido pela Portaria de Potabilidade.

A qualidade da água do rio Tocantins está sendo monitorada após o desabamento de uma ponte, que resultou na queda de caminhões com cargas corrosivas. A análise inicial não indicou alteração no pH da água devido à possível liberação de ácido sulfúrico. As equipes técnicas estão atentas à situação em um trecho de aproximadamente 135 km, entre a usina hidrelétrica de Estreito e Imperatriz.

Monitoramento da Qualidade da Água

Instituições como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e a Embrapa Meio Ambiente estão realizando a análise das amostras de água em colaboração com o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (Sema). Esse monitoramento é essencial para garantir a segurança da água na região afetada.

Reunião da Sala de Crise

Na quinta-feira (26), a Agência Nacional de Águas (ANA) convocou uma reunião da Sala de Crise para avaliar os impactos do acidente. O encontro contará com a participação de representantes de diversos órgãos ambientais e instituições responsáveis pela gestão de recursos hídricos e abastecimento.

Investigação da Polícia Federal

A Polícia Federal está investigando as responsabilidades pelo desabamento da ponte no Maranhão, buscando esclarecer as causas do acidente e possíveis implicações legais.

Sobe para quatro o número de mortes no desabamento de ponte em Estreito. O incidente ocorreu quando caminhões que transportavam 22 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram da estrutura.