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Estatais Federais Registram Déficit Recorde de R$ 2,73 Bilhões em 2025, o Maior em 23 Anos, Aponta BC

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 31 de mai.
  • 3 min de leitura

As estatais federais enfrentaram um déficit recorde de R$ 2,73 bilhões em 2025, o maior desde 2002, segundo o Banco Central. O saldo negativo cresceu 62,8% em relação ao ano anterior, levantando questionamentos sobre a saúde financeira dessas empresas.




As estatais federais registraram um déficit recorde de R$ 2,73 bilhões em 2025, o maior desde 2002, totalizando 23 anos. Dados do Banco Central (BC) indicam que esse saldo negativo aumentou 62,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As informações estão disponíveis no relatório “Estatísticas fiscais”, divulgado na sexta-feira, 30 de maio de 2025. Durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as estatais federais apresentaram déficit no primeiro quadrimestre de todos os anos: R$ 1,84 bilhão em 2023, R$ 1,68 bilhão em 2024 e R$ 2,73 bilhões em 2025.


Levantamento do Banco Central


O levantamento do Banco Central exclui a Petrobras e as estatais financeiras, como o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em abril, o saldo negativo das estatais federais foi de R$ 977 milhões.


Dados Divergentes do Governo


A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, declarou, em 23 de abril, que a contabilidade do Banco Central é fiscal e ignora as informações contábeis das empresas. Segundo a ministra, existem empresas que apresentam déficit nas informações do Banco Central, mas que registraram lucro líquido.


O conteúdo deste vídeo foi publicado com o objetivo de informar e promover o debate entre os leitores. Ele não representa, necessariamente, a opinião do autor deste blog. A intenção é oferecer um espaço democrático para reflexão e troca de ideias.

Casos do Serpro e Dataprev


A ministra mencionou os casos do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social), que, conforme Esther, apresentaram balanços positivos. O lucro líquido do Serpro foi de R$ 685 milhões no ano passado, enquanto a Dataprev registrou um lucro de R$ 508,2 milhões, embora tenha havido uma queda em relação a 2023, quando o lucro foi de R$ 598,6 milhões.


Empresas sob a Alçada do Ministério da Gestão e Inovação


De acordo com Esther, existem 19 empresas não dependentes sob a alçada do Ministério da Gestão e Inovação. Ela afirmou que o Banco Central contabilizou o déficit fiscal de 11 estatais em 2024. “Dessas 11 [empresas que apresentaram déficit], 9 tiveram lucros”, declarou Esther em abril. “Se você procurar qualquer empresa privada, ninguém conhece o déficit, porque essa contabilidade só faz sentido na lógica fiscal, que é focar exclusivamente nas receitas.”


O Banco Central apura o resultado fiscal seguindo a metodologia conhecida como “abaixo da linha”, que é diferente do Tesouro Nacional, que adota a metodologia “acima da linha”. O Banco Central não tem acesso a todos os componentes, como dados de fluxo, apenas à necessidade de financiamento. A autoridade monetária compara o nível de endividamento das estatais entre diferentes períodos para verificar a variação.


Metodologia "Abaixo da Linha"


O Banco Central utiliza a metodologia “abaixo da linha” para calcular o resultado fiscal, o que implica em uma abordagem distinta da adotada pelo Tesouro Nacional. Essa diferença é crucial para entender como cada instituição analisa as contas públicas.


Necessidade de Financiamento


A falta de acesso a dados completos de fluxo limita a análise do Banco Central, que se concentra na necessidade de financiamento. Essa abordagem permite que a autoridade monetária avalie o endividamento das estatais de um período para outro, identificando variações significativas.


Deficit e Juízo de Valor


O deficit de R$ 2,73 bilhões reflete o aumento da necessidade de financiamento. O Banco Central enfatizou a importância de não fazer juízo de valor sobre as diferentes metodologias utilizadas pelo BC e pelo governo para calcular o saldo das contas das estatais, ressaltando que os dados obtidos são complementares.


Fonte: Poder 360


 
 
 

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