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DEU NA FOLHA: Juscelino defende melhorias na TV aberta, TV 3.0 permite compras pelo controle remoto

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 2 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Ministro defende crédito subsidiado para emissoras adaptarem à TV 3.0, prometendo imagem e som superiores, com interatividade avançada.



O jornal Folha de São Paulo relatou que o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defende a ideia de uma linha de crédito subsidiada para ajudar as emissoras de televisão a se adaptarem à nova fase da tecnologia televisiva, conhecida como TV 3.0. Esta fase representa uma evolução após a transição do sistema analógico para o digital, prometendo melhorias significativas na qualidade de imagem e som, além de oferecer recursos de interatividade, como a possibilidade de fazer compras através da televisão usando o controle remoto.


O ministério planeja anunciar até o final do ano qual será a tecnologia adotada para o novo modelo, entre a japonesa Advanced ISDB-T e a norte-americana ATSC 3.0. A escolha da tecnologia japonesa já havia sido feita durante o primeiro mandato de Lula para a implementação da TV digital, processo que ainda não foi concluído. Recentemente, o governo prorrogou o prazo para o encerramento das transmissões analógicas até junho de 2025, visando expandir a cobertura da TV aberta digital.


Juscelino Filho destacou as vantagens da TV 3.0, mencionando a superioridade da qualidade de imagem, com resoluções 4K e 8K, e a experiência de som imersivo, semelhante ao encontrado em salas de cinema. A interatividade é outra grande inovação, permitindo que os espectadores se conectem e interajam diretamente com o conteúdo publicitário, facilitando a compra de produtos diretamente da tela da TV, similarmente ao que se faz com um computador.


O ministro também abordou o potencial da TV aberta de segmentar a transmissão e a veiculação de anúncios, assim como já acontece nas smart TVs e nas plataformas de streaming de vídeo. Com a TV 3.0, os canais deixarão de ser acessados por números e serão substituídos por aplicativos instalados nas TVs.


Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, expressou em entrevista ao jornal Valor Econômico que o novo formato promete eliminar as barreiras entre a televisão e o universo digital, com a Globo planejando aderir e investir na tecnologia.


O ministério discute atualmente as fontes de financiamento necessárias para as emissoras implantarem a nova tecnologia, incluindo a aquisição de novos equipamentos e linhas de transmissão. Ainda não há previsão de linhas de crédito específicas para esse fim, mas o ministério pretende iniciar discussões internas com bancos de fomento governamentais e regionais, incluindo o BNDES e o BID.


No Brasil, existem atualmente 677 emissoras geradoras de TV digital e mais de 16 mil retransmissoras, além de algumas ainda operando no padrão analógico. A decisão final sobre a tecnologia a ser adotada caberá ao presidente Lula, com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital coordenando tecnicamente o processo de seleção.


As discussões sobre a implantação da TV 3.0 começaram em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro. Além das tecnologias japonesa e norte-americana, existe a possibilidade de reintrodução da tecnologia europeia 5G Broadcast, caso seja atualizada a tempo para competir.

 
 
 

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