DEU NA FOLHA: Empresa atribuída a Juscelino Filho não tem sede nem funcionários e acumula dívidas

A Arco Construções, potencialmente ligada ao Ministro Juscelino Filho, enfrenta acusações de irregularidades e falta de transparência em suas operações.

A empresa Arco Construções, possivelmente associada ao Ministro das Comunicações Juscelino Filho, está sob escrutínio devido a várias irregularidades. Uma investigação da Folha de São Paulo revela a falta de sede física, ausência de funcionários registrados e dívidas com bancos.

Registros disponibilizados no site do Tribunal de Contas do Maranhão mostram apenas contratos da empreiteira na cidade de Vitorino Freire, que tem como prefeita Luanna Resende, irmã de Juscelino Filho.

Localização Incerta da Sede da Arco

Apesar de listada oficialmente, a sede da Arco Construções não foi encontrada nos endereços fornecidos. Esta incerteza aumenta as dúvidas sobre as operações da empresa.

Dívidas e Processos Judiciais

A Arco enfrenta vários processos judiciais devido a dívidas com instituições bancárias, levantando questões sobre sua gestão financeira.

Suspeitas de Corrupção

A Polícia Federal suspeita que a Arco tenha sido utilizada em esquemas de corrupção para beneficiar Juscelino Filho, durante seu tempo como deputado federal.

Defesa de Juscelino Filho e da Arco

Juscelino Filho nega qualquer benefício pessoal ou conexão com a Arco. A defesa da empresa também refuta as alegações, insistindo na legalidade de suas operações.

Explicações da Arco

A Arco justifica a ausência de funcionários registrados pela prática de contratação de terceirizados. Gustavo Belfort, advogado da empresa, afirma que a Arco realizou obras em diversos municípios, além de Vitorino Freire.

Sobre às cobranças na Justiça, o advogado afirmou que a Arco tem créditos de obras públicas que deixaram de ser repassados e acabou tendo que interromper pagamentos a seus credores.

Tentativas de Contato com Proprietário da Arco

A Folha tentou contato com Antonio Tito Salem Soares, proprietário formal da Arco e suposto testa de ferro de Juscelino, sem sucesso, aumentando as suspeitas sobre a empresa.