Desafios fiscais de Lula: Paralisia do governo em 2027 pode afetar próximos presidentes se nada mudar!
- Alexandre Ferreira
- 9 de fev.
- 2 min de leitura
Na última semana, Lula afirmou que não enviará um novo pacote fiscal em 2025, mas um estudo do Senado alerta que a crescente despesa obrigatória pode paralisar a máquina pública já em 2027. A análise revela que, sem cortes nos gastos, o próximo governo enfrentará sérias dificuldades financeiras.

Situação Fiscal do Governo e Previsões
Na última semana, o presidente Lula declarou que não planeja enviar um novo pacote fiscal em 2025. Porém, o aumento gradual dos gastos públicos pode limitar a capacidade de despesas discricionárias dos ministérios. Um estudo do Núcleo de Economia e Assuntos Fiscais do Senado alerta que, se não forem adotadas medidas de corte, o próximo governo, que assumirá em 2027, enfrentará dificuldades financeiras desde o início.
Crescimento dos Gastos Obrigatórios
Os gastos obrigatórios, que seguem regras fixadas por lei, continuarão a crescer, consumindo cada vez mais o espaço disponível para despesas discricionárias. O arcabouço fiscal aprovado em 2023 limita o crescimento das despesas a 2,5% ao ano acima da inflação, mas os gastos obrigatórios, que incluem previdência e salários de servidores, estão projetados para crescer em um ritmo superior.
Risco de Paralisia
De acordo com a Consultoria do Senado, a paralisia da máquina pública é uma preocupação crescente a partir de 2027, quando um novo governo assume e as despesas com precatórios precisam ser consideradas na meta fiscal. O espaço previsto para gastos livres em 2027 é de apenas R$ 29,6 bilhões, enquanto a partir de 2029 esse espaço se tornará negativo.
Medidas Recomendadas
Os analistas sugerem que a equipe econômica busque políticas de austeridade para controlar os gastos obrigatórios. Possíveis áreas para revisão incluem:
Previdência Social
- Folha de pagamento de servidores
- Abono e seguro-desemprego
Um prazo sugerido para apresentar essas medidas é até 15 de abril de 2025, quando o projeto de lei de diretrizes orçamentárias para 2026 deve ser enviado ao Congresso.
Propostas para Controle de Gastos
Entre as medidas propostas para conter o crescimento dos gastos obrigatórios estão:
Desindexação de benefícios previdenciários do salário mínimo.
- Revisão dos pisos da saúde, educação e Fundeb para que sejam corrigidos pela inflação ou a uma taxa fixa.
- Reformas administrativas para contenção de gastos com servidores.
- Mudanças nas regras previdenciárias e de benefícios sociais.
Essas ações poderiam garantir a continuidade dos gastos discricionários e a operação eficiente da máquina pública, evitando a necessidade de abandonar o arcabouço fiscal estabelecido.
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