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Desabamento da Ponte de Estreito: Operações de busca por vítimas foram retomadas

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 3 de jan.
  • 6 min de leitura

Na manhã desta sexta-feira (3), as operações de busca por vítimas do desabamento da ponte JK, que conecta Maranhão e Tocantins, foram retomadas. O colapso da estrutura, que deixou 12 mortos e cinco desaparecidos, ocorreu após a abertura das comportas da Hidrelétrica de Estreito devido a fortes chuvas. As equipes de resgate enfrentam desafios na escuridão e profundidade do rio Tocantins, utilizando tecnologia avançada para localizar os




Na manhã desta sexta-feira, as operações de busca no rio Tocantins foram retomadas em decorrência do desabamento da ponte JK, que conecta as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). As atividades de busca haviam sido suspensas por um dia para permitir a abertura das comportas da Hidrelétrica de Estreito, devido às fortes chuvas na região.


Reforço nas Equipes de Resgate


As equipes de resgate receberam apoio adicional de bombeiros de São Paulo, que se uniram aos mergulhadores da Marinha e do Corpo de Bombeiros do Tocantins, Maranhão e Distrito Federal, que já estavam atuando na área.


Situação das Vítimas


Até o momento, cinco pessoas permanecem desaparecidas, incluindo três vítimas que estavam em uma caminhonete localizada a 40 metros de profundidade no rio.


A Marinha divulgou imagens do veículo que foi examinado pelos mergulhadores. Durante a operação, foram encontrados apenas pertences pessoais, os quais foram recuperados e entregues às famílias das vítimas. As equipes também estão em busca dos corpos de dois homens que estavam em motocicletas. Até o momento, foram confirmados 12 óbitos.


Desafios nas Buscas


Os mergulhadores enfrentam desafios significativos durante as buscas pelas vítimas do desabamento da ponte entre Tocantins e Maranhão, como a profundidade e a escuridão da água. A tecnologia tem sido uma grande aliada nesse trabalho, com a utilização de drones, robôs e uma câmara hiperbárica.


Condições de Trabalho


As imagens capturadas por drones mostram veículos no fundo do rio Tocantins, após a queda da ponte. Os bombeiros do Tocantins informaram que a profundidade é um dos maiores obstáculos, e o trabalho deve ser realizado em duplas para evitar acidentes com os escombros da ponte. Um mergulhador mencionou que é necessário gastar de três a quatro minutos apenas para se adaptar às condições subaquáticas.


O cabo Adriano Rocha mencionou que a operação no local terá uma duração de cinco a seis minutos, durante os quais os mergulhadores precisam descer focados, executar suas tarefas e retornar à superfície.


Condições de Visibilidade


O cabo Adriano explicou que as águas do rio Tocantins, nessa profundidade, são escuras e quase não permitem a passagem de luz solar. Por essa razão, os mergulhadores realizam seu trabalho utilizando apenas a luz de lanternas.


Equipamentos de Segurança


Ele destacou que, devido à escuridão total, é essencial levar duas lanternas, e cada mergulhador conta com mais duas lanternas de reserva, para evitar surpresas durante a missão.


A Marinha divulgou imagens dos tanques que caíram no rio Tocantins, e o governo do Maranhão informou que a carga permaneceu intacta.


Resgate de Corpos


Um dos corpos resgatados pelos mergulhadores foi identificado como sendo do caminhoneiro Beroaldo dos Santos, de 51 anos. O Instituto Médico Legal de Araguaína confirmou a identificação e liberou o corpo nesta quinta-feira, dia 2. Para o resgate, foram necessários três mergulhos.


Estratégia de Resgate


O cabo Alexandre Velasco Gomes explicou que a primeira descida foi realizada a 40 metros de profundidade, com o objetivo de reconhecimento e planejamento. Durante essa descida, a equipe analisou a posição do corpo e da cabine, definindo a melhor estratégia para a retirada. Na segunda descida, a equipe tentou entrar na cabine e realizar a amarração para retirar o corpo, mas não obteve sucesso. Foi apenas na terceira tentativa que conseguiram completar o resgate.


Dificuldades Durante o Resgate


Durante a segunda tentativa de resgatar o corpo do caminhoneiro, o cabo Velasco ficou preso dentro da cabine. Seu parceiro, o cabo Adriano Rocha, precisou agir rapidamente para ajudá-lo.


Na situação descrita, foi necessário acessar a cabine, que era um local muito estreito. Velasco relatou que conseguiu entrar, mas teve dificuldades para sair, sendo necessária a retirada do equipamento de mergulho a 40 metros de profundidade.


Vítimas Localizadas e Resgatadas


Na terça-feira, 24 de outubro, os bombeiros do Maranhão informaram que o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, foi encontrado no rio. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, proveniente de Dom Eliseu, no Pará.


Identificação de Outras Vítimas


Ainda na terça-feira, por volta das 9h, foi localizado o corpo de Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos, que era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas, conforme relatou a Secretaria de Segurança Pública.


Descoberta de Mais um Corpo


Na mesma terça-feira, às 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza, de 45 anos, foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que transportavam ácido sulfúrico.

Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que uma mulher de 25 anos, natural de Estreito (MA), mas residente em Aguiarnópolis (TO), também foi localizada.


Localização de Corpos


Na quarta-feira (25), os corpos de Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos, foram encontrados.


Resgate de Mergulhadores


Na manhã de quinta-feira (26), mergulhadores localizaram dois corpos dentro de um veículo no fundo do rio. Um dos corpos, o de Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos, foi resgatado na sexta-feira (27), após se desprender e aparecer na superfície do rio. O segundo corpo, identificado como Ailson Gomes Carneiro, de 57 anos, foi resgatado por mergulhadores na manhã de domingo (29).


Localização de Rosimarina


Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos, teve seu corpo localizado no final da tarde de quinta-feira (26), fora da área de mergulho, a aproximadamente 16 km do local do desabamento.


No domingo, dia 29, um acidente trágico ocorreu quando uma ponte desabou, resultando na morte de duas pessoas. As vítimas, Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e sua filha, Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos, foram encontradas na noite de terça-feira, dia 31. Elas eram esposa e filha do homem que foi resgatado com vida.


O Resgate


Durante as operações de busca realizadas no domingo, Beroaldo dos Santos, de 56 anos, foi encontrado em uma cabine de caminhão. Ele foi retirado da água no final da manhã de quarta-feira, dia 1º.


Causas do Desabamento


O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao governo federal, informou que o desabamento aconteceu devido ao colapso do vão central da ponte. A causa exata do incidente ainda está em investigação, conforme declarado pelo órgão.


Registro do Acidente


O vereador Elias Junior, do partido Republicanos, registrou o momento em que a estrutura da ponte cedeu. Em uma entrevista ao g1, ele relatou que estava no local para gravar imagens que mostrassem as condições precárias da ponte.


Ação de Identificação


Uma força-tarefa foi estabelecida com o intuito de identificar as causas do acidente e garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer.


Os corpos das vítimas foram encontrados pelas equipes de busca. A Secretaria de Segurança Pública informou que os trabalhos estão sendo realizados por um perito oficial médico, peritos criminais, agentes de necrotomia e papiloscopistas.


Reconstrução da Ponte da BR-226


Foi contratado um consórcio pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a reconstrução da ponte da BR-226, que liga Tocantins ao Maranhão. A dispensa de licitação, no valor de quase R$ 172 milhões, prevê que a obra seja concluída até o dia 22 de dezembro de 2025.


Interdição da Ponte


A ponte foi completamente interditada, e os motoristas foram orientados a utilizar rotas alternativas.


Tanques com Substâncias Químicas


A Marinha divulgou imagens de tanques que caíram no rio Tocantins. No dia do acidente, os tanques de três caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas. Entretanto, foi informado que os tanques estão intactos e que o risco de vazamento e contaminação ambiental é mínimo.


O ácido sulfúrico e os pesticidas agrícolas que caíram no rio Tocantins poderão permanecer submersos por um período de 15 a 30 dias.


Monitoramento e Riscos


Alan Vaz Lopes, superintendente Adjunto de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), enfatizou a importância de manter o monitoramento e a cautela enquanto esses materiais estiverem no rio. Ele mencionou que, caso o tanque se rompa, ainda haverá um risco, embora pequeno, que precisa ser controlado. O superintendente destacou a necessidade de agir para eliminar completamente esse risco e alertou que, se houver qualquer indício de vazamento, o abastecimento de água deve ser interrompido imediatamente.


Situação de Emergência


A Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência no município. Um decreto assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL) ressalta a necessidade de apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual, uma vez que o município enfrenta escassez de recursos para atender diversas demandas urgentes resultantes da queda da ponte. Além da localização e resgate dos corpos dos desaparecidos, o prefeito também mencionou outras necessidades emergenciais.


O texto menciona os prejuízos causados às atividades agrícolas e pesqueiras, além do risco de contaminação do rio Tocantins, devido à queda de tanques de ácido sulfúrico e pesticidas na água após o desabamento de uma ponte.


Reconhecimento de Emergência


Na terça-feira, dia 31, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência na cidade de Estreito. Com essa declaração, a cidade teria a possibilidade de solicitar recursos federais para ações de Defesa Civil, entre outras iniciativas.



 
 
 

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