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Comunidades Tradicionais do Maranhão Enfrentam Ameaças de Pulverização Aérea de Agrotóxicos e Pedem Socorro

  • Foto do escritor: Alexandre Ferreira
    Alexandre Ferreira
  • 16 de jan.
  • 2 min de leitura

A pulverização aérea de agrotóxicos em comunidades tradicionais no Maranhão tem gerado preocupações crescentes, com impactos diretos na saúde e segurança alimentar dos moradores, que clamam por ação das autoridades.






A comunidade Manuel do Santo, em Timbiras, enfrenta problemas graves devido à pulverização aérea de agrotóxicos nas proximidades de suas roças, afetando diretamente a colheita de arroz e milho. Moradores relatam a presença de aviões aplicando venenos durante o período de colheita, gerando preocupação e pedidos de ajuda às autoridades locais.


Legislação Frágil


No Brasil, a legislação permite o uso de agrotóxicos que são proibidos em muitos outros países. A pulverização acontece perto de escolas, comunidades rurais e territórios tradicionais, intensificando conflitos agrários e colocando em risco a saúde das populações afetadas.


Impactos na Saúde e Segurança Alimentar


Marcia Palhano, da Comissão Pastoral da Terra (CPT/MA), descreve a situação como "perversa", afirmando que a prática impacta a saúde física e emocional das comunidades, comprometendo sua segurança alimentar. Em 2024, 182 casos de contaminação foram registrados, dos quais 156 no Maranhão. Esse número representa um aumento alarmante em relação aos 19 casos do mesmo período em 2023.


Depoimento de Moradores


José (nome fictício), um dos atingidos, relatou os efeitos do veneno em sua saúde, mencionando coceiras e a destruição das verduras cultivadas. Ele expressou sua frustração ao ver o esforço para alimentar sua família sendo comprometido pela ação de fazendeiros que utilizam aeronaves para aplicar agrotóxicos.


Campanha Contra a Pulverização Aérea


Em resposta a essa situação, a Articulação das Pastorais Sociais/Repam, com o apoio de organizações como a Cáritas Regional Maranhão e a Rede de Agroecologia do Maranhão (RAMA), lançou uma campanha para criar um Projeto de Lei Estadual de iniciativa popular contra a pulverização aérea de agrotóxicos. Para que a proposta avance, são necessárias 37.497 assinaturas.


Dom Gilberto Pastana, presidente do regional Nordeste 5 da CNBB, destaca que a coleta de assinaturas está em andamento, mas enfrenta desafios devido à falta de conscientização da população sobre os riscos dos agrotóxicos. O movimento espera que a Campanha da Fraternidade, focada na ecologia, ajude a aumentar a conscientização e mobilização em torno da questão.

 
 
 

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