- Alexandre Ferreira
- há 2 dias
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As brigas entre irmãos são comuns e fazem parte do desenvolvimento infantil, mas é essencial saber quando intervir. Especialistas apontam que conflitos saudáveis ajudam na formação de habilidades, enquanto disputas intensas exigem atenção dos pais.

Aprenda a separar (ou não) as brigas entre irmãos no dia a dia
As disputas entre irmãos são comuns na vida familiar, envolvendo desde a partilha de brinquedos e telas até discussões sobre espaço e atenção dos pais. A dúvida que muitos pais enfrentam é até que ponto essas brigas são normais e quando é necessária a intervenção. Segundo especialistas, o essencial é distinguir entre disputas saudáveis e aquelas que exigem mediação ativa dos responsáveis.
Desenvolvimento e Conflito
O embate entre irmãos é parte do processo de desenvolvimento. A professora do curso de Psicologia da Estácio, Renata Borges, explica que aprender a negociar, ceder e lidar com a frustração são habilidades fundamentais que crianças e jovens adquirem durante conflitos. Na maioria das vezes, as discussões se resolvem rapidamente, sem deixar mágoas duradouras. Nesses casos, é aconselhável que os pais observem à distância, permitindo que os irmãos encontrem suas próprias soluções. No entanto, se os conflitos se tornarem frequentes, intensos ou envolverem agressões físicas ou verbais graves, é hora de intervir. Renata ressalta que sinais de medo, isolamento, queda no desempenho escolar ou sintomas de ansiedade e depressão em um dos irmãos também são motivos para atenção.
Como Intervir
Para que a mediação familiar seja eficaz, algumas estratégias podem ser adotadas. A escuta ativa é uma delas. A especialista recomenda ouvir cada lado da situação sem julgamentos, estabelecer limites e regras de respeito, como a proibição de empurrar ou xingar, e reforçar momentos de colaboração entre os irmãos. Mostrar exemplos de relações saudáveis entre adultos também pode ser benéfico.
Além disso, promover momentos de cooperação e designar tarefas e responsabilidades, tanto individuais quanto coletivas, ajuda a criar um senso de parceria. Essas atividades podem ser simples, como arrumar a mesa juntos ou cuidar de um animal de estimação. Outra dica importante é evitar comparações entre os filhos, valorizando as qualidades e talentos únicos de cada um. Essas atitudes podem ser decisivas para a harmonia no lar.












