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As brigas entre irmãos são comuns e fazem parte do desenvolvimento infantil, mas é essencial saber quando intervir. Especialistas apontam que conflitos saudáveis ajudam na formação de habilidades, enquanto disputas intensas exigem atenção dos pais.


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Aprenda a separar (ou não) as brigas entre irmãos no dia a dia


As disputas entre irmãos são comuns na vida familiar, envolvendo desde a partilha de brinquedos e telas até discussões sobre espaço e atenção dos pais. A dúvida que muitos pais enfrentam é até que ponto essas brigas são normais e quando é necessária a intervenção. Segundo especialistas, o essencial é distinguir entre disputas saudáveis e aquelas que exigem mediação ativa dos responsáveis.


Desenvolvimento e Conflito


O embate entre irmãos é parte do processo de desenvolvimento. A professora do curso de Psicologia da Estácio, Renata Borges, explica que aprender a negociar, ceder e lidar com a frustração são habilidades fundamentais que crianças e jovens adquirem durante conflitos. Na maioria das vezes, as discussões se resolvem rapidamente, sem deixar mágoas duradouras. Nesses casos, é aconselhável que os pais observem à distância, permitindo que os irmãos encontrem suas próprias soluções. No entanto, se os conflitos se tornarem frequentes, intensos ou envolverem agressões físicas ou verbais graves, é hora de intervir. Renata ressalta que sinais de medo, isolamento, queda no desempenho escolar ou sintomas de ansiedade e depressão em um dos irmãos também são motivos para atenção.


Como Intervir


Para que a mediação familiar seja eficaz, algumas estratégias podem ser adotadas. A escuta ativa é uma delas. A especialista recomenda ouvir cada lado da situação sem julgamentos, estabelecer limites e regras de respeito, como a proibição de empurrar ou xingar, e reforçar momentos de colaboração entre os irmãos. Mostrar exemplos de relações saudáveis entre adultos também pode ser benéfico.


Além disso, promover momentos de cooperação e designar tarefas e responsabilidades, tanto individuais quanto coletivas, ajuda a criar um senso de parceria. Essas atividades podem ser simples, como arrumar a mesa juntos ou cuidar de um animal de estimação. Outra dica importante é evitar comparações entre os filhos, valorizando as qualidades e talentos únicos de cada um. Essas atitudes podem ser decisivas para a harmonia no lar.


Em entrevista exclusiva, o advogado e escritor Daniel Blume revela como a literatura moldou sua vida e sua prática jurídica, defendendo a conexão vital entre Direito e literatura na busca por justiça.


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Em entrevista exclusiva a Paulo Rodrigues, o escritor e poeta, e também advogado Daniel Blume compartilhou pensamentos, suas visões e preferências literárias, contou como a literatura preenche sua vida desde a sua infância; além de comentar a estreita relação de duas de suas maiores paixões que não apenas coexistem, mas se completam e o completam – a Literatura e o Direito.

 

Confira a entrevista na íntegra:  

 

Paulo Rodrigues – Daniel Blume, o Lenio Streck afirmou: “A Literatura ajuda a existencializar o Direito”. Você concorda? É isso mesmo?

 

Daniel Blume – Concordo em parte. Entendo que Lenio Streck reconhece a literatura como dimensão em que a existência se expõe e discute as relações humanas cujo eixo central é o Direito, numa espécie de reconstituição. É fato. Entretanto, aproveito para verticalizar meu pensamento: primeiro porque é a existência que demanda o Direito como condição fundamental de subsistência; sem justiça, os direitos não se sustentam e a vida é líquida e insustentável. Nesse caso, penso que o direito, ou melhor, os direitos é que servem de inspiração para a literatura, principalmente quando eles faltam.  Prefiro pensar que o Direito clama pela justiça por meio das leis e a literatura, por meio do discurso e da arte.

 

 

Paulo Rodrigues – Você acredita que a literatura constrói uma aproximação interessante entre o Direito e o mundo prático?

 

Daniel Blume – Sim. O mundo prático se alimenta da falta e a literatura se alimenta do mundo. Se pensarmos na falta original, podemos perceber que essa insatisfação parte de um auto-desconhecimento e da indiferença que é, em grande medida, social. Todo utilitarismo, toda ambição, todo consumismo; o endividamento, o roubo, a corrupção e tantas outras coisas degradantes do mundo chegam muitas vezes desse vazio que é ausência de justiça. A literatura expõe para a humanidade os frutos da injustiça e provoca no advogado que lê obras literárias a necessidade de entender seu agir em prol de um mundo mais justo. Ou menos injusto. Daí nasce a luta com a palavra literária. Necessária, mesmo que vã.

 

 

Paulo Rodrigues – O Antonio Candido comentava muito: “A literatura é um direito básico de todo cidadão”. O que falta para o Brasil garantir esse direito? 

 

Daniel Blume – Para o Brasil garantir esse direito, sem nenhum tipo de falácia quanto à acessibilidade à literatura, é muito importante primeiro que as políticas de alfabetização surtam efeitos massivos para a sociedade. Caso contrário, com os índices de analfabetismo alarmantes e em vários níveis, mesmo que o acesso seja democratizado, mesmo que muitos tenham livros à mão, mesmo que as bibliotecas se multipliquem, há que se lutar para que os alfabetizados sejam beneficiados com políticas de formação de leitores de literatura. Existem programas sim, mas me parece que o alcance ainda deixa a desejar, mesmo que as escolas lidem com essa perspectiva. Em resumo, esse é um assunto que precisa ser articulado à educação básica e superior do Brasil todo, nos diversos centros de ciências: humanas, sociais, tecnológicas e da saúde. Sem falar nas políticas de incentivo à cultura. Reunir livros e livros de literatura não é lucro quando a realidade está vazia de leitores.

 

Paulo Rodrigues – Quais são os principais clássicos literários, em sua opinião? Eles têm relação com a sua evolução como jurista?

 

Daniel Blume –   Li muitos clássicos. Triste fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto com seu sonho político de transformar o mundo devorado pelas formigas. Machado de Assis e a rebeldia das ideias de um dialético canário. Sim, não parei aqui para escolher os principais. Muitos e muitos outros tenho lido, mas esses foram chegando primeiro na minha lembrança. A literatura sempre vem com suas surpresas, bem como Antonio Cícero subverte o sentido de guardar: não é trancar no cofre, mas deixar a coisa à vista. De preferência vigiar “o voo de um pássaro” e não ter “um pássaro sem voo”. Por aí eu posso pensar a lei. Mais pelo que ela liberta do que pelo que ela obriga. A lei pode ser mais do que algema, a chave para destrancá-la.

 

 

Paulo Rodrigues – Como a literatura, a poesia, a ficção chegaram na vida do Daniel Blume?

 

Daniel Blume – A minha infância já foi rodeada de livros e eu sempre ensaiava produzir o meu.  A minha redação no vestibular já me colocou a argumentar sobre voto e processo eleitoral sob o viés deste mundo feito de suas relações políticas, a partir da obra Esaú e Jacó de Machado de Assis. Fui aprendendo a fazer analogias até que o nó da gravata me trouxe o da garganta e tantas outras associações que me colocaram na fronteira entre o contexto jurídico e o literário. Quando a poesia poderia ter cessado, aí o contexto jurídico lhe abriu mais portas. E continua abrindo.

 

Paulo Rodrigues – Quais autores da literatura maranhense influenciaram a produção literária do Daniel Blume?  E como você avalia a literatura contemporânea do nosso estado?

 

Daniel Blume – Na verdade, difícil escolher entre autores da literatura maranhense, porque existe, nesse tipo de leitura, uma espécie de pacto da identidade. Mas vou seguir o mesmo critério de quem chegar primeiro à minha lembrança: o temperamento memorialístico de José Chagas sempre foi muito marcante; Bandeira Tribuzi com a possibilidade de pensar emoção e sentir ideias. Louvação a São Luís é um mergulho na poesia da nossa ilha. Ferreira Gullar com sua poética que me consome a cada vez que leio. O poeta que paga o preço do exílio porque tem algo de verdadeiro no poético com tal intensidade que ele voa por sobre o oceano com seus garfos enferrujados, suas facas cegas, cadeiras furadas, sua história que é tão ele mesmo que, quanto mais longe vai, mais habita na porta e janela da Rua dos Prazeres de onde parece nunca ter saído.

 

 

Paulo Rodrigues – Comente sobre o livro Delações para os nossos leitores? Você trabalha bem essa relação discursiva entre o Direito e a Literatura?

 

Daniel Blume – Na verdade as obras refletem nossa alma e nossa alma espelhas as experiências. Eu me realizo transitando no Direito. Me apropriei do discurso jurídico e isso seria inevitável porque não sei mesmo quem mergulhou mais fundo: se o Direito em mim ou eu no direito. Então minha cognição, minha razão, minha argumentação, minhas emoções têm sido gestadas nesse ambiente das iniciais, da gravata, das delações, do terno, enquanto transitam pela janela do escritório as acusações e defesas; as construções e destruições; as expectativas e decepções; as lealdades e traições, porque assim como o texto literário se manifesta em verossimilhança, os processos propõem o caminho da realidade dos fatos e não das semelhanças. Ou seja, ainda bem que existe a literatura para eu criar imagens e perfis que talvez estejam retratados em processos da vida, no vai e vem dos tribunais ou mesmo nas reuniões acadêmicas, sociais e talvez nas relações amistosas. Delações talvez seja a produção de perfis inspirados no mundo real, postos em fronteira com a ficção.

 

Paulo Rodrigues – O crítico literário Antonio Aílton afirmou num ensaio: “CARTAS AO NETO de Daniel Blume é um dos mais fluidos e saborosos livros de poemas que tenho conhecimento, nestes anos de muita escrita boa, mas também de abundante literatura insípida”. Como foi o processo criativo de CARTAS AO NETO?

 

Daniel Blume – Penso que a política é feita de cartadas. O que o avô faz é ensinar ao neto por meio de cartas. Existe aí um jogo que o leitor vai precisar decifrar. Qual relação há entre cartas e cartadas? Por que cartas ao neto e não carta ao neto, se os versos são maquiavélicos?

 

Paulo Rodrigues - Deixe uma mensagem para os nossos leitores:

 

Daniel Blume – Eu desejo boas leituras aos nossos leitores e espero suas impressões quando os meus livros estiverem entre aqueles que estiverem lendo. Tenham certeza de que tem muito mais do que eu possa explicar sobre o que escrevo. Aliás vocês são co-autores. Uma parte dos meus poemas são meus e a outra parte é de vocês. Fiquem à vontade para compor comigo. E compartilhem!


Em uma década, concessionária amplia de 38% para 91% o acesso à água tratada em Paço do Lumiar e São José de Ribamar

 

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Desde 2015, a BRK, uma das principais empresas privadas de saneamento do país, tem contribuído para a transformação e qualidade de vida dos moradores de Paço do Lumiar e São José de Ribamar, municípios maranhenses atendidos pela concessionária com os serviços de água e esgoto.

 

Ao completar uma década de atuação na operação desses serviços, a BRK apresenta resultados de investimentos que têm sido feitos desde o primeiro ano de concessão para a recuperação e ampliação do sistema de abastecimento de água, com diversas obras e melhorias, a fim de proporcionar a universalização e a garantia do acesso da população à água de qualidade, promovendo, uma grande mudança no cenário do saneamento local.

 

Até o momento, já foram construídos 7 grandes novos Centros de Reservação, Tratamento e Distribuição de Água, garantindo um abastecimento regular e de qualidade à população. Foram também implantados mais de 450 km de redes e adutoras, possibilitando o acesso ao serviço por parte de mais de 90% dos moradores dos dois municípios.

 

Os investimentos também contemplam a perfuração e operacionalização de 29 novos poços tubulares profundos; a instalação de 59 novas subestações de energia em áreas operacionais; a realização de 95 mil novas ligações em imóveis; a instalação de 113 mil novos hidrômetros para gestão de controle e eficiência em medições de consumo e mais 328 melhorias de unidades operacionais, como reabilitações de poços e reservatórios.

 

Vale lembrar que até o ano de 2015, menos de 40% da população de São José de Ribamar e Paço do Lumiar recebia água em casa. Com as obras de saneamento, foi possível elevar consideravelmente o percentual de atendimento à população.

 

Esses dados foram apresentados com exclusividade aos jornalistas maranhenses na apresentação da nova Diretora de Concessão da BRK no Maranhão, Sandra Leal. Ela estava acompanhada dos executivos  Aline Marques (Gerente Administrativo Financeiro); Mirella Mendes (Gerente de Investimentos & Engenharia);  Jefferson de Paula (Gerente de Operação & Manutenção); Raniere Paiva (Gerente Comercial); Pollyne Braga (Coordenadora de Administração Contratual); Luana Caires (Coordenadora de QSSMA); Hans Cutrim (Comunicação e Responsabilidade Socioambiental ) e Elton Frederick (Gerente de Comunicação Corporativa).

 

Sandra Lúcia Leal é formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Goiás e possui 26 anos de experiência no setor de saneamento, tendo atuado de forma significativa nos estados do Tocantins e do Pará, estando desde o ano de 2022 como Diretora de Operações da concessão. Em setembro de 2025 assumiu a direção da concessão da BRK no Maranhão.

 

Números importantes

 

  • Em 2015, 38% da população dos municípios tinha acesso à água tratada. Em 2025, 91% dos moradores recebe água tratada diretamente na torneira;

  • Antes das obras de melhoria, eram produzidos 66 milhões de litros de água. Hoje, essa produção passou para 111 milhões de litros por dia, mais de 3 bilhões por mês;

  • A água distribuída também não possuía um controle de qualidade. Atualmente, são realizadas coletas diárias, a fim de garantir o fornecimento de água em conformidade com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Mensalmente, são realizadas em média 6 mil análises de qualidade.

  • Até 2015, apenas 8% dos moradores tinham acesso ao sistema de esgotamento sanitário. Hoje, esses números subiram para 45%.

 

 

Iniciativas socioambientais

 

Além dos investimentos nos serviços, ao longo desses anos foram realizados inúmeros projetos socioambientais, impactando mais de 145 mil pessoas, com iniciativas voltadas para educação ambiental, mobilização comunitária e geração de renda.

 

A exemplos das inúmeras iniciativas realizadas, temos o Curso de Encanadores, realizado em parceria com o SENAI, que já formou 180 alunos e possibilitou o ingresso de grande parte deles na empresa; o Concurso de Desenhos, cuja premiação na sua última edição premiou 8 escolas municipais, contemplando cada uma delas com um acervo de 500 livros; o Programa Mulheres Mais Renda, que possibilitou que 60 costureiras locais fossem remuneradas durante 2 meses, com a produção de absorventes reutilizáveis. Esse trabalho resultou na produção de 33 mil itens, que foram destinados ao público em situação de vulnerabilidade, em parceria com os CRAS dos municípios.

 

 

Projeto Fonte de Futuro

 

Ainda este ano, escolas de Paço do Lumiar e São José de Ribamar serão contempladas com o Fonte de Futuro, projeto idealizado pelo Instituto BRK que leva água potável para escolas públicas de áreas rurais, indígenas e regiões periféricas de cidades do Brasil, por meio da implantação de equipamentos de tratamento da água para consumo de alunos e funcionários.

 

O primeiro sistema será entregue à Escola Municipal Nascimento Morais, localizada na comunidade Itapera, em Paço do Lumiar. O evento de lançamento ocorrerá no dia 22 de outubro às 13:30.

 

O trabalho continua

 

Apesar dos grandes avanços e de muito trabalho realizado nesta primeira década de atuação, ainda tem muito mais a ser feito. Ainda neste ano, será entregue mais um grande Centro de Reservação, Tratamento e Distribuição de Água; a Estação de Tratamento de Esgoto Maiobão; e para o próximo ano, será inaugurada a ETE Cajueiro, que irá atender mais de 70 mil moradores de Paço do Lumiar e São José de Ribamar.

 

Para os próximos anos, a BRK prevê cerca de R$ 500 milhões em novos investimentos, dando continuidade à expansão dos serviços de esgoto e seguindo o propósito de transformar a vida das pessoas levando o saneamento para muito além do básico.


FOTOS – DANIELLE VIEIRA:


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