- Alexandre Ferreira
- há 1 dia
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O Sindicato dos Artistas de São Paulo denuncia agressões e más condições de trabalho no set do filme "Dark Horse", que retrata a vida do ex-presidente Jair Bolsonaro. Relatos incluem atrasos de pagamento e alimentação estragada.

O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) tá recebendo várias queixas sobre as péssimas condições de trabalho no set do filme "Dark Horse", que vai contar a história do ex-presidente Jair Bolsonaro. A galera que tá trabalhando no filme, incluindo atores e figurantes, relatou agressões, atrasos nos pagamentos e até comida estragada. Diante de tantas denúncias, o sindicato mandou delegados para fiscalizar a produção e ver o que tá pegando.
Denúncias de Agressões
Um ator de 21 anos contou que foi agredido no Memorial da América Latina no dia 21 de novembro. Ele entrou no set com o celular, o que não era permitido, e ao ser abordado, foi empurrado e agredido com tapas e socos. O rapaz disse que não tinha lugar pra guardar o aparelho e ficou assustado com a situação. Rita Teles, presidente do Sated-SP, falou que acionaram o Ministério do Trabalho pra acompanhar o caso, mas não tiveram resposta rápida. Ela ressaltou que produção internacional não pode chegar aqui e fazer o que quiser.
Situação Crítica no Set
Rita também comentou que as pessoas que denunciaram estão com medo de serem marcadas e ficarem sem trabalho. Até agora, foram 15 denúncias oficiais, além de várias que chegaram por redes sociais. Os relatos vêm de pessoas de diferentes funções, desde figurantes até técnicos. Além das agressões, a galera também falou sobre atrasos nos pagamentos e comida estragada. Teve até gente que não pôde ir ao banheiro, o que é inaceitável.
Tratamento Diferenciado
O dossiê do Sated-SP mostra que a equipe técnica e o elenco principal estrangeiro recebiam alimentação de qualidade, enquanto os figurantes brasileiros só ganhavam um kit lanche para uma diária de oito horas. Esse tipo de tratamento foi considerado discriminatório e indigno, fugindo do padrão que deveria ser seguido em produções desse porte. O GLOBO tentou contato com o deputado Mário Frias, que é o responsável pelo roteiro e produção do filme, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.







